Dor-mência
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Ver-te desaparecer
Enquanto te pego na mão enrugada
E me contas outra vez
Que a escola ficava p’ra lá da encruzilhada
Olhar-te nos olhos lassos
Enquanto perguntas quem eu sou
Dizer-te que ao teu regaço
Me deste uma vida que voou
É ter saudades de alguém que está
É querer trocar o mundo por um momento
De lúcido abraço, de terno conselho
Sobre como toca a todos o ser velho
É correr em vão a distância do esquecimento
Sentir-te ausente
Longe, nesse lugar afastado
Sem saber da tua mente
Em que pensa e sonha, o que a tem perturbado
Olhar-te nos olhos vazios
E já não me encontrar comigo
Mesmo que nos dias frios
Fossem em tempos o meu abrigo
É sentir falta de alguém aqui
É querer trocar o mundo por uma hora
De lúcido beijo, de terno conselho
Sobre como a bondade é um espelho
Sabendo que o tempo que era eterno se foi embora.
(vídeo em breve)